Ola

Seja bem vindo a uma nova visão da comunicação

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O surdo e a mídia

Existem muitas maneiras de receber e transmitir informações. Considerando que o principal meio de comunicação é a oralidade. Este fato, faz com que o deficiente auditivo, seja teoricamente muito prejudicado em comparação a uma pessoa ouvinte.
A overdose de informação se torna ao mesmo tempo estimulante e assustadora, põe o mundo e o ser humano em processo de objetivação e subjetivação. Os meios de comunicação parece nos condicionar sobre conceitos pré-existentes.
Desconstruir a visão que temos dos deficientes auditivos e mostrar a maioria ouvinte que a surdez não pode ser vista como uma patologia.
Apesar de o mundo ter por base a oralidade, isto não faz com que todas as pessoas sejam iguais e que tenham que se comunicar da mesma forma.
Vejamos, portanto uma pessoa que faz uma viagem, para outro país e não fala nada daquele idioma, certamente esta pessoa terá dificuldades em entender e se comunicar. Mas, dependendo da sua necessidade, certamente ela vai tentar outras maneiras de comunicação, tais como sinais, gestos ou intérprete.
"O surdo é um estrangeiro da oralidade", como expõe Lourenço Gaspar Guebur, e tem as mesmas dificuldades que o personagem acima citado encontrou em outro país, com uma diferença, por ser definitivo ele não pode ficar apenas com soluções paliativas, por isso utiliza-se da sua língua materna, que é o libras, que o insere na sociedade, não como um deficiente, mas sim como um cidadão.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A experiência de fazer parte de mundos diferentes

Como existem dois mundos: dos ouvintes e dos surdos. Eu, sendo surdo sempre convivi até a fase adulta no mundo dos ouvintes, desenvolvi a língua oral e a fala.
Quando comecei a trabalhar com surdos, passei a conhecer o outro lado do mundo e tive que aprender a LIBRAS para facilitar a comunicação com meus alunos.
A princípio foi muito dificil porque não compreendia a gramática da LIBRAS, achava que era o mesmo da língua portuguesa e foi um impacto.
Depois de muitos cursos, hoje domino LIBRAS e participo normalmente nas duas sociedades: surda e ouvinte. Diante das minhas experiências, ressalto a importância das pessoas aprenderem as línguas e conviverem com mundos diferentes para conhecer a cultura diferente daquela que sempre viveu. Percebemos que diferenças sociais e lingüísticas fazem parte da nossa sociedade; e convivendo com essas diferenças fazem com que tornamos cidadãos multiculturais.


SILVIO PRZYBYSZ, professor especializado da Escola Municipal Pequeno Duque/Irati PR e acadêmico de Letras LIBRAS/UFSC

sábado, 1 de novembro de 2008

As diferenças

Pessoas surdas e ouvintes fazem uso de diferentes canais para receber e emitir informações - visual espacial e oral e auditiva. A mídia dá ênfase a valores pre-existentes, masssificando e condicionando ideais de perfeições que excluem os que são diferentes do mesmo.
É preciso conhecer esses dois mundos - surdos e ouvintes - para reconhecer cada indivíduo como cidadão com suas peculiaridades e cultura.
A overdose de informações é ao mesmo tempo estimulante e assustadora, põe o mundo e o ser humano em processo de objetivação e subjetivação. Essas duas realidades, que dividem o mesmo espaço - o "mundo dos surdos" e o "mundo dos ouvintes" - contrastam entre si. Mas o importante ter sempre em mente que cada indivíduo dentro da sociedade tem o seu papel e participa de acordo com seu grau de compreensão, interesse e cultura.